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As crianças não merecem ser bloqueadas.

  • Carla Gabryela Resende Fonsêca
  • 19 de ago. de 2018
  • 2 min de leitura

No dia dez de março do ano de 2017, participei de um debate online com especialistas em criatividade e educação criativa, onde o centro da discussão era: Um adulto criativo é uma criança que sobreviveu.

No debate ficaram evidentes alguns fatos preocupantes como: a terceirização da educação das crianças no Brasil, consequência das novas configurações de família presentes na sociedade moderna; a necessidade da padronização social, que retira as características individuais de aprendizado e visão de mundo em troca de uma falsa maturidade.

Essas questões são cada vez mais aparentes diante da era do conhecimento, onde os pais muitas vezes, não sabem lidar com as evoluções das novas gerações, as crianças cada dia mais se tornam desafios para os adultos, existem estudos atuais, como um da Universidade de Duke( Carolina do Norte) datado em 2012, mostram que as crianças da nova geração são realmente mais inteligentes que as das gerações passadas tendo um aumento de pelo menos 0,3 pontos por ano no Quoeficiente de Inteligência, o famoso “QI”, tal fato deve-se muito, aos estímulos informativos e educacionais do mundo moderno, as crianças estão expostas a uma quantidade muito grande de informação, conseguindo absorver tais estímulos cada vez mais rápido, este ciclo modifica o desenvolvimento do cérebro criando a maravilhosa geração Alpha.

Diante disso então, como se explicaria o desperdício de um cérebro mais evoluído, com bizarros erros gramaticais de adolescentes, baixa de desempenho escolar de milhões de crianças e adolescentes, que amam alguns assuntos e abominam algumas matérias do currículo educacional?

Talvez a resposta esteja justamente nesse fato, uma geração nova pede novos meios de aprendizagem, comunicação, expressão e de apresentação do mundo, as nossas crianças não são iguais, elas nascem diferentes ( fisicamente e intelectualmente),e a necessidade que os adultos tem de padronizar objetos, processos, relações e etc, não devem ser aplicadas a educação dos mais novos seres da espécie humana, somente porque é mais fácil lidar com um padrão do que com uma exceção. Portanto é conveniente termos consciência que nossas crianças não merecem ter suas mentes e desenvolvimento, bloqueados por padrões e convenções sociais. É claro que os valores, a conduta moral, ética, cidadã e legal devem ser repassados, a questão não é não educar as crianças, o dilema é como educar sem retirar a sua individualidade, curiosidade inerentes a nós seres humanos e que fomentam a criatividade.

Uma educação agressiva e enrijecida, culmina no desenvolvimento de um adulto padrão, que não dá espaço a criança interior porque possui a certeza de que suas “brincadeiras” não lhe renderão sucesso, status e dinheiro.

 
 
 

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